[LIVRO] “Um Cântico Para Leibowitz”, de Walter M. Miller Jr. (resenha)


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No mundo do entretenimento (livros, quadrinhos, séries, filmes, games), existem diversas distopias pós-apocalípticas e principalmente pós-nucleares, mas poucas são tão peculiares e únicas quanto Um Cântico Para Leibowitz.
Depois de participar da Segunda Guerra Mundial e se converter ao catolicismo, Walter M. Miller Jr. escreveu sua única obra publicada em vida. E percebe-se claramente as fortes influências da guerra e da religião. Mais da religião, embora a guerra seja uma forte influência no livro. Principalmente em se tratando de uma distopia pós-nuclear.
A trama se passa em um mundo destruído, cheio de ruínas e ainda se reerguendo. Mais especificamente no século XXVI, 600 anos após o cataclismo nuclear. Nele, além de humanos, ainda há vários animais. Alguns dos humanos vivem em tribos e vilarejos. Os deficientes e mutantes, surgidos depois da explosão nuclear, conhecidos como monstros, são apartados, e vivem isoladamente. Existe um grande preconceito a respeito deles.
“Ora, quem não sabia então que havia monstros na terra, naqueles tempos? Aquele que nascesse vivo, diante das leis da igreja e da natureza, era destinado a viver em sofrimento e, se possível, ajudado por aqueles que o houvessem parido até atingir a idade adulta. Nem sempre a lei era obedecida, mas era acatada com frequência suficiente para sustentar uma população esparsa de monstros adultos que, em geral, escolhiam os trechos mais remotos das terras desertificadas para perambular.”
A leitura começa acompanhando o Irmão Francis, um noviço membro da ordem de São Leibowitz, que estava tranquilo cumprindo seu jejum quaresmal, quando lhe ocorre um fato que, de início, para o leitor, não parece nada de mais, mas que irá desencadear todo o restante do enredo do livro. A ordem de monges, fundada pelo mítico Isaac Edward Leibowitz, se dedica a reunir, guardar, preservar, tentar desvendar e interpretar a Memorabilia, que se trata de todo o pouco de conhecimento, informação e artefatos, ou seja, o que sobrou do mundo pré-destruição nuclear.
A leitura pra mim, fluiu gradativamente. Parecia que ia ser cansativa no começo, mas isso se deve a um motivo: a estória se inicia de forma pacata, e vai evoluindo, tornando a trama mais envolvente e empolgante. Não continua da forma que se imagine que irá continuar. A obra também possui um tom de humor, e os personagens são muito bons. É um livro de quase 400 páginas, que você não se arrepende de ter lido.

nota-5

um cantico para leibowitz editora alephEditora Aleph
Capa comum
20,8 x 13,8 cm
400 páginas
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